Movimento faz campanha por tarifa zero no Distrito Federal
Pedro Rafael,
de Brasília (DF)
O Movimento pelo Passe Livre (MPL) no Distrito Federal organizou um ato massivo no centro da capital do país, na tarde de quarta-feira (19), para cobrar o fim da tarifa no transporte público. A mobilização reuniu, segundo seus articuladores, mais de cinco mil pessoas. O grupo saiu da Rodoviária do Plano Piloto, no coração da cidade, e percorreu em passeata o Eixo Monumental, a avenida W3 Sul até retornar à rodoviária pelo Eixão, via que une os bairros Asas Sul e Norte.
?O ato conseguiu manter uma unidade de pauta, porque nossa preocupação era com a qualidade e o conteúdo da mobilização. Mesmo assim, o número de pessoas participando nos surpreendeu, ainda mais em tarde de jogo da seleção brasileira?, avaliou Paíque Duques, do MPL.
Mais cedo, o movimento foi recebido no Palácio dos Buritis, sede do governo do DF, para apresentar a pauta central. Foi entregue aos secretários de Governo, Gustavo Ponce de Leon, e dos Transportes, José Vasquez, um anteprojeto de lei para pôr fim à cobrança de tarifas no uso de ônibus e metrô na cidade. A proposta é inspirada na experiência de algumas cidades como Tallin (Estônia), Baltimore (EUA) e Sydney (Austrália), que aboliram parcial ou totalmente a cobrança pelo deslocamento em veículos públicos. A ideia é que uma mudança na composição das tributações permite ampliação suficiente de recursos nos próximos anos para viabilizar a medida. O governo prometeu debater o projeto. O Distrito Federal possui uma das tarifas de transporte mais caras do país, que pode custar até R$ 3 nos trechos mais longos e no metrô.
Entusiasmado com o protesto, o motorista Evilázio Mendes Lima, que trabalha em uma das empresas de ônibus concessionárias de transporte público em Brasília, registrava o retorno dos manifestantes à Rodoviária pela câmera do próprio celular. ?Estava demorando para acontecer [uma manifestação como essa]. É preciso fazer alguma coisa pelo transporte público, sou a favor e tenho certeza que os trabalhadores e a população em geral apoiam essa causa?, expressou.
Na avaliação do MPL, a grande adesão ao ato, que acompanha a onda de protestos em todo o país, é resultado de uma década de transformações urbanas e reconfiguração das metrópoles brasileiras. ?É preciso recuperar uma cidade que está perdendo para o capital?, afirma Paíque Duques, ao lembrar a centralidade da luta por transporte e mobilidade urbana, como forma de combater a progressiva privatização de toda a sorte de serviços essenciais à população.
?Mídia sensacionalista?
Além da tarifa do transporte, o segundo alvo principal do protesto nas ruas de Brasília foi a mídia comercial. Munidos de cartazes e aos gritos de ?mídia fascista, sensacionalista!?, os manifestantes constrangeram repórteres das maiores emissoras, que faziam a cobertura da passeata. A crítica principal é o reiterado processo de criminalização que a maior parte dos meios de comunicação faz sobre a atuação dos movimentos sociais. No Brasil, a mídia está concentrada nas mãos de empresários e interesses comerciais, em um antidemocrático sistema de oligopólio.
comunicação.
Durante o ato, militantes do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC) recolheram centenas de assinaturas em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para democratizar a mídia no país. A iniciativa é parte da campanha ?Para Expressar a Liberdade?, que busca reunir 1,5 milhão de adesões ao projeto e, ao mesmo tempo, debater com a sociedade a necessidade de atualizar e modificar a legislação que rege as concessões de rádio e televisão. O objetivo é garantir diversidade e pluralidade nos meios de
Vox Populi / CartaCapital: A pesar de las protestas dice una encuesta que Dilma sigue siendo favorita en todos los escenarios electorales
Se a eleição fosse hoje, presidenta teria 51% dos votos em uma eventual disputa contra Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos
por Redação ? publicado 21/06/2013 06:51
Se eleição para presidente fosse hoje, Dilma venceria no primeiro turno
A pouco mais de um ano para as eleições, a presidenta Dilma Rousseff aparece como favorita para a reeleição em todos os cenários para a disputa em 2014. É o que aponta a pesquisa Vox Populi / CartaCapital realizada entre 7 e 11 de junho.
Nas pesquisas de intenção de voto estimulada, quando o eleitor é submetido a uma lista de candidatos, Dilma venceria em um eventual confronto os possíveis candidatos Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Neste cenário, a presidenta conseguiria 51% dos votos, enquanto Marina e Aécio teriam 14% cada um e Campos, 3%. Votos brancos, nulos ou eleitores indecisos representam 18% do eleitorado.
Quando o cenário apresenta Dilma, Aécio e Marina, a presidenta apresenta 53% das preferências, enquanto o tucano mantém 15% e a ex-ministra do Meio Ambiente, 14%.
Quando o eleitor tem de escolher entre a presidenta, o tucano José Serra e Marina, Dilma volta a apresentar 51% dos votos, contra 18% do ex-rival da eleição de 2010 e 13% de Marina.
Performance semelhante apresenta Dilma em um quarto contexto, quando o eleitor se decide entre a presidenta, Serra, Marina e Campos. Enquanto a petista fica com 51% das preferências, Serra mantém 18%, Marina tem 13% e Campos fica com 3% das intenções de voto.
A presidenta conquistaria a maior parte dos votos femininos e masculinos. Entre os homens, 49% disseram pretender votar em Dilma - contra 17% que optariam pelo mineiro, 14% por Marina e 3%, pelo candidato do PSB. Entre as mulheres, Dilma é mais popular. Cerca de 53% das entrevistadas a têm como candidata preferida, enquanto 12% preferem Aécio; 13%, Marina Silva; e 3%, Campos.
De forma espontânea, 24% dos entrevistados disseram que votariam em Dilma se a eleição fosse hoje, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é citado por 10%. Aécio Neves (PSDB) aparece com 4%, José Serra, com 2%. Marina Silva e Eduardo Campos têm 1% cada um. Cerca de 8% dos entrevistados disseram que votariam branco ou nulo e 48% não souberam responder.
Neste critério da pesquisa, o nome de Dilma é mais recorrente no Nordeste: 33%. No Sul, a presidenta conseguiria 30% dos votos; no Sudeste, 19%; e no conjunto Centro-Oeste / Norte, 17%. Lula é citado por 18% dos eleitores do Nordeste, 10% do Centro-Oeste / Norte, 6% do Sudeste e 5% do Sul.
Nível de conhecimento. Dos possíveis candidatos à eleição presidencial em 2014, Dilma é a candidata mais conhecida entre os entrevistados. Nada menos que 92% dizem conhecê-la "muito bem" ou ter informações sobre a presidenta; 82% afirmam conhecer Serra; 55% dizem conhecer Marina Silva; 39%, Aécio Neves; e 15%, Eduardo Campos.
Quando se trata de rejeição, Serra aparece com o maior índice. Dos entrevistados, 26% disseram que não votariam nele "de jeito nenhum". Dilma vem em segundo, com 16%, seguida por Campos (12%), Marina (9%) e Aécio (8%).
A primeira rodada da pesquisa Vox Populi / CartaCapital foi feita antes dos protestos que tomaram diferentes cidades do País contra a tarifa de transporte público. O resultado, no entanto, mostra-se alinhado com levantamentos de outros institutos, como o do Ibope de 25 de novembro de 2012, no qual Dilma recebeu 26% das intenções de voto, sete pontos a mais Lula (19%), os tucanos José Serra e Aécio Neves somaram 4% e 3% cada, respectivamente, e Marina Silva ficou com 2%.
Para o levantamento foram entrevistados 2.200 eleitores maiores de 16 anos em áreas urbanas e rurais de 207 municípios, em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2,1 pontos para mais ou para menos.
A consulta feita em parceria será realizada, em média, de dois em dois meses, o que permitirá análises comparativas com base em uma mesma pesquisa
Pedro Rafael,
de Brasília (DF)
O Movimento pelo Passe Livre (MPL) no Distrito Federal organizou um ato massivo no centro da capital do país, na tarde de quarta-feira (19), para cobrar o fim da tarifa no transporte público. A mobilização reuniu, segundo seus articuladores, mais de cinco mil pessoas. O grupo saiu da Rodoviária do Plano Piloto, no coração da cidade, e percorreu em passeata o Eixo Monumental, a avenida W3 Sul até retornar à rodoviária pelo Eixão, via que une os bairros Asas Sul e Norte.
?O ato conseguiu manter uma unidade de pauta, porque nossa preocupação era com a qualidade e o conteúdo da mobilização. Mesmo assim, o número de pessoas participando nos surpreendeu, ainda mais em tarde de jogo da seleção brasileira?, avaliou Paíque Duques, do MPL.
Mais cedo, o movimento foi recebido no Palácio dos Buritis, sede do governo do DF, para apresentar a pauta central. Foi entregue aos secretários de Governo, Gustavo Ponce de Leon, e dos Transportes, José Vasquez, um anteprojeto de lei para pôr fim à cobrança de tarifas no uso de ônibus e metrô na cidade. A proposta é inspirada na experiência de algumas cidades como Tallin (Estônia), Baltimore (EUA) e Sydney (Austrália), que aboliram parcial ou totalmente a cobrança pelo deslocamento em veículos públicos. A ideia é que uma mudança na composição das tributações permite ampliação suficiente de recursos nos próximos anos para viabilizar a medida. O governo prometeu debater o projeto. O Distrito Federal possui uma das tarifas de transporte mais caras do país, que pode custar até R$ 3 nos trechos mais longos e no metrô.
Entusiasmado com o protesto, o motorista Evilázio Mendes Lima, que trabalha em uma das empresas de ônibus concessionárias de transporte público em Brasília, registrava o retorno dos manifestantes à Rodoviária pela câmera do próprio celular. ?Estava demorando para acontecer [uma manifestação como essa]. É preciso fazer alguma coisa pelo transporte público, sou a favor e tenho certeza que os trabalhadores e a população em geral apoiam essa causa?, expressou.
Na avaliação do MPL, a grande adesão ao ato, que acompanha a onda de protestos em todo o país, é resultado de uma década de transformações urbanas e reconfiguração das metrópoles brasileiras. ?É preciso recuperar uma cidade que está perdendo para o capital?, afirma Paíque Duques, ao lembrar a centralidade da luta por transporte e mobilidade urbana, como forma de combater a progressiva privatização de toda a sorte de serviços essenciais à população.
?Mídia sensacionalista?
Além da tarifa do transporte, o segundo alvo principal do protesto nas ruas de Brasília foi a mídia comercial. Munidos de cartazes e aos gritos de ?mídia fascista, sensacionalista!?, os manifestantes constrangeram repórteres das maiores emissoras, que faziam a cobertura da passeata. A crítica principal é o reiterado processo de criminalização que a maior parte dos meios de comunicação faz sobre a atuação dos movimentos sociais. No Brasil, a mídia está concentrada nas mãos de empresários e interesses comerciais, em um antidemocrático sistema de oligopólio.
comunicação.
Durante o ato, militantes do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC) recolheram centenas de assinaturas em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para democratizar a mídia no país. A iniciativa é parte da campanha ?Para Expressar a Liberdade?, que busca reunir 1,5 milhão de adesões ao projeto e, ao mesmo tempo, debater com a sociedade a necessidade de atualizar e modificar a legislação que rege as concessões de rádio e televisão. O objetivo é garantir diversidade e pluralidade nos meios de
Vox Populi / CartaCapital: A pesar de las protestas dice una encuesta que Dilma sigue siendo favorita en todos los escenarios electorales
Se a eleição fosse hoje, presidenta teria 51% dos votos em uma eventual disputa contra Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos
por Redação ? publicado 21/06/2013 06:51
Se eleição para presidente fosse hoje, Dilma venceria no primeiro turno
A pouco mais de um ano para as eleições, a presidenta Dilma Rousseff aparece como favorita para a reeleição em todos os cenários para a disputa em 2014. É o que aponta a pesquisa Vox Populi / CartaCapital realizada entre 7 e 11 de junho.
Nas pesquisas de intenção de voto estimulada, quando o eleitor é submetido a uma lista de candidatos, Dilma venceria em um eventual confronto os possíveis candidatos Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Neste cenário, a presidenta conseguiria 51% dos votos, enquanto Marina e Aécio teriam 14% cada um e Campos, 3%. Votos brancos, nulos ou eleitores indecisos representam 18% do eleitorado.
Quando o cenário apresenta Dilma, Aécio e Marina, a presidenta apresenta 53% das preferências, enquanto o tucano mantém 15% e a ex-ministra do Meio Ambiente, 14%.
Quando o eleitor tem de escolher entre a presidenta, o tucano José Serra e Marina, Dilma volta a apresentar 51% dos votos, contra 18% do ex-rival da eleição de 2010 e 13% de Marina.
Performance semelhante apresenta Dilma em um quarto contexto, quando o eleitor se decide entre a presidenta, Serra, Marina e Campos. Enquanto a petista fica com 51% das preferências, Serra mantém 18%, Marina tem 13% e Campos fica com 3% das intenções de voto.
A presidenta conquistaria a maior parte dos votos femininos e masculinos. Entre os homens, 49% disseram pretender votar em Dilma - contra 17% que optariam pelo mineiro, 14% por Marina e 3%, pelo candidato do PSB. Entre as mulheres, Dilma é mais popular. Cerca de 53% das entrevistadas a têm como candidata preferida, enquanto 12% preferem Aécio; 13%, Marina Silva; e 3%, Campos.
De forma espontânea, 24% dos entrevistados disseram que votariam em Dilma se a eleição fosse hoje, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é citado por 10%. Aécio Neves (PSDB) aparece com 4%, José Serra, com 2%. Marina Silva e Eduardo Campos têm 1% cada um. Cerca de 8% dos entrevistados disseram que votariam branco ou nulo e 48% não souberam responder.
Neste critério da pesquisa, o nome de Dilma é mais recorrente no Nordeste: 33%. No Sul, a presidenta conseguiria 30% dos votos; no Sudeste, 19%; e no conjunto Centro-Oeste / Norte, 17%. Lula é citado por 18% dos eleitores do Nordeste, 10% do Centro-Oeste / Norte, 6% do Sudeste e 5% do Sul.
Nível de conhecimento. Dos possíveis candidatos à eleição presidencial em 2014, Dilma é a candidata mais conhecida entre os entrevistados. Nada menos que 92% dizem conhecê-la "muito bem" ou ter informações sobre a presidenta; 82% afirmam conhecer Serra; 55% dizem conhecer Marina Silva; 39%, Aécio Neves; e 15%, Eduardo Campos.
Quando se trata de rejeição, Serra aparece com o maior índice. Dos entrevistados, 26% disseram que não votariam nele "de jeito nenhum". Dilma vem em segundo, com 16%, seguida por Campos (12%), Marina (9%) e Aécio (8%).
A primeira rodada da pesquisa Vox Populi / CartaCapital foi feita antes dos protestos que tomaram diferentes cidades do País contra a tarifa de transporte público. O resultado, no entanto, mostra-se alinhado com levantamentos de outros institutos, como o do Ibope de 25 de novembro de 2012, no qual Dilma recebeu 26% das intenções de voto, sete pontos a mais Lula (19%), os tucanos José Serra e Aécio Neves somaram 4% e 3% cada, respectivamente, e Marina Silva ficou com 2%.
Para o levantamento foram entrevistados 2.200 eleitores maiores de 16 anos em áreas urbanas e rurais de 207 municípios, em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2,1 pontos para mais ou para menos.
A consulta feita em parceria será realizada, em média, de dois em dois meses, o que permitirá análises comparativas com base em uma mesma pesquisa
No hay comentarios:
Publicar un comentario