domingo, 23 de junio de 2013

Mais de cinco mil pessoas marcharam pela região central de Brasília para pedir gratuidade no transporte público. Projeto foi entregue ao governo

Movimento faz campanha por tarifa zero no Distrito Federal

Pedro Rafael,

de Brasília (DF)

O Movimento pelo Passe Livre (MPL) no Distrito Federal organizou um ato massivo no centro da capital do país, na tarde de quarta-feira (19), para cobrar o fim da tarifa no transporte público. A mobilização reuniu, segundo seus articuladores, mais de cinco mil pessoas. O grupo saiu da Rodoviária do Plano Piloto, no coração da cidade, e percorreu em passeata o Eixo Monumental, a avenida W3 Sul até retornar à rodoviária pelo Eixão, via que une os bairros Asas Sul e Norte.

?O ato conseguiu manter uma unidade de pauta, porque nossa preocupação era com a qualidade e o conteúdo da mobilização. Mesmo assim, o número de pessoas participando nos surpreendeu, ainda mais em tarde de jogo da seleção brasileira?, avaliou Paíque Duques, do MPL.  

Mais cedo, o movimento foi recebido no Palácio dos Buritis, sede do governo do DF, para apresentar a pauta central. Foi entregue aos secretários de Governo, Gustavo Ponce de Leon, e dos Transportes, José Vasquez, um anteprojeto de lei para pôr fim à cobrança de tarifas no uso de ônibus e metrô na cidade. A proposta é inspirada na experiência de algumas cidades como Tallin (Estônia), Baltimore (EUA) e Sydney (Austrália), que aboliram parcial ou totalmente a cobrança pelo deslocamento em veículos públicos. A ideia é que uma mudança na composição das tributações permite ampliação suficiente de recursos nos próximos anos para viabilizar a medida.  O governo prometeu debater o projeto. O Distrito Federal possui uma das tarifas de transporte mais caras do país, que pode custar até R$ 3 nos trechos mais longos e no metrô.

Entusiasmado com o protesto, o motorista Evilázio Mendes Lima, que trabalha em uma das empresas de ônibus concessionárias de transporte público em Brasília, registrava o retorno dos manifestantes à Rodoviária pela câmera do próprio celular. ?Estava demorando para acontecer [uma manifestação como essa]. É preciso fazer alguma coisa pelo transporte público, sou a favor e tenho certeza que os trabalhadores e a população em geral apoiam essa causa?, expressou.

Na avaliação do MPL, a grande adesão ao ato, que acompanha a onda de protestos em todo o país, é resultado de uma década de transformações urbanas e reconfiguração das metrópoles brasileiras. ?É preciso recuperar uma cidade que está perdendo para o capital?, afirma Paíque Duques, ao lembrar a centralidade da luta por transporte e mobilidade urbana, como forma de combater a progressiva privatização de toda a sorte de serviços essenciais à população.


?Mídia sensacionalista?

Além da tarifa do transporte, o segundo alvo principal do protesto nas ruas de Brasília foi a mídia comercial. Munidos de cartazes e aos gritos de ?mídia fascista, sensacionalista!?, os manifestantes constrangeram repórteres das maiores emissoras, que faziam a cobertura da passeata. A crítica principal é o reiterado processo de criminalização que a maior parte dos meios de comunicação faz sobre a atuação dos movimentos sociais. No Brasil, a mídia está concentrada nas mãos de empresários e interesses comerciais, em um antidemocrático sistema de oligopólio.



comunicação.
Durante o ato, militantes do Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC) recolheram centenas de assinaturas em favor do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para democratizar a mídia no país. A iniciativa é parte da campanha ?Para Expressar a Liberdade?, que busca reunir 1,5 milhão de adesões ao projeto e, ao mesmo tempo, debater com a sociedade a necessidade de atualizar e modificar a legislação que rege as concessões de rádio e televisão. O objetivo é garantir diversidade e pluralidade nos meios de 

Vox Populi / CartaCapital:  A pesar de las protestas dice una encuesta que Dilma sigue siendo favorita en todos los escenarios electorales

Se a eleição fosse hoje, presidenta teria 51% dos votos em uma eventual disputa contra Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos

por Redação ? publicado 21/06/2013 06:51


Se eleição para presidente fosse hoje, Dilma venceria no primeiro turno

A pouco mais de um ano para as eleições, a presidenta Dilma Rousseff aparece como favorita para a reeleição em todos os cenários para a disputa em 2014. É o que aponta a pesquisa Vox Populi / CartaCapital realizada entre 7 e 11 de junho.

Nas pesquisas de intenção de voto estimulada, quando o eleitor é submetido a uma lista de candidatos, Dilma venceria em um eventual confronto os possíveis candidatos Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Neste cenário, a presidenta conseguiria 51% dos votos, enquanto Marina e Aécio teriam 14% cada um e Campos, 3%. Votos brancos, nulos ou eleitores indecisos representam 18% do eleitorado.

Quando o cenário apresenta Dilma, Aécio e Marina, a presidenta apresenta 53% das preferências, enquanto o tucano mantém 15% e a ex-ministra do Meio Ambiente, 14%.

Quando o eleitor tem de escolher entre a presidenta, o tucano José Serra e Marina, Dilma volta a apresentar 51% dos votos, contra 18% do ex-rival da eleição de 2010 e 13% de Marina.

Performance semelhante apresenta Dilma em um quarto contexto, quando o eleitor se decide entre a presidenta, Serra, Marina e Campos. Enquanto a petista fica com 51% das preferências, Serra mantém 18%, Marina tem 13% e Campos fica com 3% das intenções de voto.

A presidenta conquistaria a maior parte dos votos femininos e masculinos. Entre os homens, 49% disseram pretender votar em Dilma - contra 17% que optariam pelo mineiro, 14% por Marina e 3%, pelo candidato do PSB. Entre as mulheres, Dilma é mais popular. Cerca de 53% das entrevistadas a têm como candidata preferida, enquanto 12% preferem Aécio; 13%, Marina Silva; e 3%, Campos.

De forma espontânea, 24% dos entrevistados disseram que votariam em Dilma se a eleição fosse hoje, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é citado por 10%. Aécio Neves (PSDB) aparece com 4%, José Serra, com 2%. Marina Silva e Eduardo Campos têm 1% cada um. Cerca de 8% dos entrevistados  disseram que votariam branco ou nulo e 48% não souberam responder.

Neste critério da pesquisa, o nome de Dilma é mais recorrente no Nordeste: 33%. No Sul, a presidenta conseguiria 30% dos votos; no Sudeste, 19%; e no conjunto Centro-Oeste / Norte, 17%. Lula é citado por 18% dos eleitores do Nordeste, 10% do Centro-Oeste / Norte, 6% do Sudeste e 5% do Sul.

Nível de conhecimento. Dos possíveis candidatos à eleição presidencial em 2014, Dilma é a candidata mais conhecida entre os entrevistados. Nada menos que 92% dizem conhecê-la "muito bem" ou ter informações sobre a presidenta; 82% afirmam conhecer Serra; 55% dizem conhecer Marina Silva; 39%, Aécio Neves; e 15%, Eduardo Campos.

Quando se trata de rejeição, Serra aparece com o maior índice. Dos entrevistados, 26% disseram que não votariam nele "de jeito nenhum". Dilma vem em segundo, com 16%, seguida por Campos (12%), Marina (9%) e Aécio (8%).

A primeira rodada da pesquisa Vox Populi / CartaCapital foi feita antes dos protestos que tomaram diferentes cidades do País contra a tarifa de transporte público. O resultado, no entanto, mostra-se alinhado com levantamentos de outros institutos, como o do Ibope de 25 de novembro de 2012, no qual Dilma recebeu 26% das intenções de voto, sete pontos a mais Lula (19%), os tucanos José Serra e Aécio Neves somaram 4% e 3% cada, respectivamente, e Marina Silva ficou com 2%.

Para o levantamento foram entrevistados 2.200 eleitores maiores de 16 anos em áreas urbanas e rurais de 207 municípios, em todos os estados brasileiros (exceto Roraima) e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2,1 pontos para mais ou para menos.

A consulta feita em parceria será realizada, em média, de dois em dois meses, o que permitirá análises comparativas com base em uma mesma pesquisa

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