martes, 11 de junio de 2013

Carta abierta de los presos en huelga a los médicos militares.

GUANTÁNAMO

por Kaos. Derechos Humanos
Lunes, 03 de Junio de 2013 00:22


La huelga de hambre en la prisión de Guantánamo fue una forma en la que 103 de los 166 prisioneros llamaron la atención del mundo sobre su situación. Un grupo de trece de estos detenidos publicó una carta abierta para exigir tratamiento médico independiente...
... y acusan a los médicos militares de violar la ética de la profesión por alimentarlos a la fuerza.

Texto en portugués

Carta abierta de los prisioneros en huelga de hambre a los médicos militares de la Base Naval, Bahía de Guantánamo

Senhores médicos:

Não quero morrer, mas estou preparado para o risco de vir a morrer, porque estou em ato de protesto contra o facto de permanecer preso por mais de uma década, sem julgamento, submetido a tratamento desumano e degradante, sem acesso à justiça.

Não tenho outro meio para fazer ouvir essa mensagem. Os médicos sabem que as autoridades tiraram de mim todos os meios e objetos pelos quais pudesse comunicar.

Por essa razão, respeitosamente peço que me seja garantida a assistência por profissionais médicos independentes, que sejam autorizados a entrar em Guantánamo para me tratar, e que lhes seja dado pleno acesso aos meus registos médicos, para que possam determinar o melhor tratamento para o meu caso.

Os senhores médicos militares aos quais tenho acesso dizem que cumprem seu dever médico de preservar minha vida. Essa atitude vai contra o meu desejo expresso de não me alimentar.

Como os senhores devem saber, sou competente para tomar uma decisão própria sobre tratamento médico para mim mesmo. Quando tento recusar o tratamento que os senhores trazem, os senhores o impõem, às vezes com violência. Por essas razões, não tenho dúvidas de que os senhores violam o compromisso ético profissional, como a Associação Médica Norte-Americana e aAssociação Médica Mundial já declararam bem explicitamente.

Minha decisão de fazer greve de fome e de manter-me em estado de subnutrição por mais de cem dias não foi tomada levianamente. Faço o que faço, porque não encontrei outro meio para chamar a atenção do mundo exterior para o que acontece aqui. A resposta que os senhores médicos dão à minha decisão cuidadosamente refletida não permite que se conclua, logicamente, que os senhores estejam tentando salvar a minha vida. Nenhuma de suas ações ao longo já de vários meses comprova essa inferência.

Para aqueles de nós que têm sido alimentados contra nossa vontade, o processo de ter um tubo repetidas vezes forçado para dentro de nossas narinas ou pela garganta até o estômago, para que assim sejamos mantidos em estado de seminutrição, é extremamente doloroso, e as condições sob as quais se executam esses procedimentos é abusiva. Se os senhores realmente tivessem em vista meus melhores interesses, de receber tratamento médico realmente recomendado, seria indispensável que tivessem falado comigo como ser humano, sobre minhas escolhas e decisões, em vez de me impor tratamento, de modo tal que se sinto como se estivesse sendo castigado por alguma coisa.

Os senhores devem saber que os excessos que têm cometido relacionados à minha participação no movimento coletivo de greve de fome de vários outros prisioneiros já foram condenados por mais de uma alta autoridade, entre as quais a ONU. O Relator Especial da ONU para Assuntos de Saúde declarou, inequivocamente que ?o pessoal médico não pode exercer pressão indevida de qualquer tipo sobre indivíduos que tenham recorrido ao recurso extremo de uma greve de fome, nem é aceitável que usem ameaças de alimentação forçada ou outros tipos de coerção física ou psicológica contra indivíduos que voluntariamente decidam-se por uma greve de fome.?

Seja como for, não posso confiar no que os senhores digam ou façam, sobre minha saúde, porque os senhores devem obediência aos seus superiores militares que exigem que os senhores me imponham qualquer meio inaceitável para mim, e os senhores põem o dever de obedecer aos militares seus superiores acima dos deveres de médico que têm para comigo. Esse tipo de dupla fidelidade impede completamente que eu confie nos senhores.

Por essas razões, a relação médico-paciente que se criou entre nós absolutamente não pode contribuir para diminuir os riscos que essa greve de fome gere para minha saúde. Os senhores talvez sejam capazes de manter-me vivo por longo tempo, em estado de debilitação extrema. Mas aqui, com tantos prisioneiros, como eu, também em greve de fome, os senhores estão, isso sim, conduzindo um experimento, um tratamento experimental, em escala jamais vista. E nada garante que não ocorra erro humano, que resulte na morte de um ou mais de um de nós, não por greve de fome, mas por culpa ativa ou erro dos médicos que nos estão sendo impostos.

Seus superiores, incluindo o presidente Obama, comandante-em-chefe dos seus superiores, reconhecem que minha morte ou de qualquer outro prisioneiro em greve de fome geraria consequências graves e indesejáveis para eles. Os senhores, médicos, receberam portanto ordens para garantir ? com certeza absoluta ? minha sobrevivência, uma ordem que nem os senhores nem qualquer médico poderá jamais aceitar, porque não pode garantir, com certeza, que possa cumpri-la.

A posição impossível em que estão os médicos de Guantánamo hoje me inspira alguma simpatia. Quer continuem como militares, quer retornem à vida civil, os senhores terão de sobreviver com a consciência do que fizeram e não fizeram aqui em Guantánamo, até o dia de morrerem. Mas se se opuserem às ordens absurdas, os senhores conseguirão fazer alguma diferença. Os senhores podem escolher parar de contribuir ativamente para manter a condição de permanente abuso às quais estou hoje exposto.

Peço apenas que levem aos seus superiores meu pedido urgente para que eu seja submetido a exame médico por médico ou médicos independentes, a serem escolhidos por meus advogados, nos quais eu confie, e que esses médicos recebam todas as notações médicas com as quais os senhores trabalham aqui, para que as estudem antes de me examinarem. É o mínimo que os senhores podem fazer, para manter, minimamente, a palavra que empenharam quando juraram ?não causar dano? a ninguém de quem os senhores se aproximem, como médicos.

Atenciosamente,

[assinam] treze prisioneiros em greve de fome na Base Naval, Baía de Guantánamo, alguns representados pelos seus advogados:
Younous Chekkouri, ISN 197

Nabil Hadjarab, ISN 238

Abdul Haq Wasiq, ISN 004

Mohammad Nabi Omari, ISN 832

Shaker Aamer, ISN 239

Ahmed Belbacha, ISN 290

Abu Wa?el Dhiab, ISN 722

Samir Mukbel, ISN 043

Mohammed Ghanem, ISN 044

Adel al-Hakeemy, ISN 168

Sanad al-Kazimi, ISN 1453

Mohammed Hidar, ISN 498

Abdullatif Nasser, ISN 244

La falta de honestidad de Amnistía Internacional ante el conflicto en Palestina.

PALESTINA

De shame, vergüenza en inglés.(*)

Amnistía Internacional se vende y la venden las corporaciones que dirigen los medios de comunicación como una organización que defiende los derechos humanos a lo largo y ancho del mundo. Esto es el marketing, la realidad dice cosas bien diferentes, como que esta organización es uno de los mayores obstáculos para que dichos derechos se defiendan adecuadamente en este mundo donde vivimos. Para un mayor entendimiento de lo que digo aconsejo este enlace de mi blog: Amnistía Internacional.
En octubre del año 2004 el ejército de Israel lanzaba otro ataque devastador contra la población de Gaza, pero esto decía Amnistía Internacional en el titular de un comunicado de prensa, tras haber matado este ejército a más de 30 personas, entre ellas varios niños:

El ejército de Israel debe respetar los derechos humanos en sus operaciones.(1)

¿Cuándo ha respetado el ejército de Israel los derechos humanos? ¿Cuándo se respetan los derechos humanos en un ataque militar de agresión por un ejército? Es algo contradictorio, que no busca sino justificar estos ataques en sí, y esto no es nada nuevo en Amnistía. Recordemos lo que hacían en la guerra de Yugoslavia:

Amnistía Internacional no acusó de crímenes contra la humanidad a la OTAN, sino que parecía dar consejos para los bombardeos, como si estos no fuesen ya criminales en sí:

En relación con el ataque del 7 de mayo ?que aparentemente estaba dirigido al aeropuerto de Ni?, pero que alcanzó el mercado del centro de la ciudad y un hospital civil cercano y, según informes, causó la muerte de 15 personas?, amnistía internacional siente preocupación ante la posibilidad de que la planificación del ataque por la Otan no haya tenido lo suficientemente en cuenta la proximidad de civiles.

"...el número de bajas mortales civiles se podría haber reducido significativamente si las fuerzas de la Otan hubieran cumplido estrictamente las normas del derecho de los conflictos armados durante la operación fuerza aliada." (4)
George Kenney, un antiguo oficial del Departamento de Estado de EE.UU., decía lo siguiente de forma clara, poniendo en evidencia el modo de actuar de Amnistía:

"Dejando caer bombas de racimo en áreas urbanas muy pobladas no causa bajas accidentales, es un bombardeo de terror a propósito."(2)

Una organización humanitaria de verdad debe condenar siempre toda guerra de agresión, esto no lo hace Amnistía Internacional ni tampoco Human Rights Watch. (3) Como tampoco consideró Amnistía la "intervención" del  ejército israelí como un crimen contra la humanidad, y mira que los  han cometido en Palestina, como los han cometido la OTAN o el ejército de Estados Unidos en Yugoslavia, Irak, Afganistán o Libia. Para estos no hay acusación de crímenes contra la humanidad. Sin embargo, cuando es el lado palestino el que realiza "intervenciones", en este caso el ataque a unos colonos en Palestina, donde mataron a una mujer y a sus cuatro hijos, indicaba en mayo de ese mismo año, 2004: 

Este tipo de ataques deliberados contra civiles, que han sido generalizados, sistemáticos y cometidos en cumplimiento de una política manifiesta de atacar a la población civil, constituyen crímenes contra la humanidad tal como los definen los artículos 7.1 y 7.2.a del Estatuto de Roma de la Corte Penal Internacional, de 1998.(4)

Bien, aunque es  completamente condenable la muerte de esta mujer y sus hijos, los "ataques deliberados contra civiles, que han sido generalizados, sistemáticos y cometidos en cumplimiento de una política manifiesta de atacar a la población civil",  han sido el comportamiento rutinario del ejército israelí, que Amnistía no califica así. Como no los califica de "crímenes contra la humanidad", esto se reserva para los palestinos, para el lado débil que es el que recibe la mayor parte de los golpes y de  las muertes, teniendo en cuenta que las víctimas palestinas son miles comparadas con decenas en el lado israelí. ¿No les parece un sesgo muy importante el de Amnistía?, ¿una doble vara de medir situándose al lado del más  poderoso?, que, cómo no, es amigo del poder de Estados Unidos y del Reino Unido, a quienes Amnistía rinde pleitesía.
Otra característica propia de Amnistía Internacional, y de Human Rights Watch, es que sus comunicados obedecen más, y en realidad fundamentalmente, a motivaciones politicas y económicas, que a una defensa sincera y honesta de los derechos humanos. Así, cuando un colono israelí mató a  un palestino a sangre fría en el asentamiento de Itamar, Amnistía no emitió ningún comunicado, y eso que las autoridades israelíes querían liberar al asesino hasta del arresto domiciliario.(5) Esta violencia no parecía interesar, pero resulta que es la diaria que sufren los palestinos y la que origina que el conflicto se agrie y continúe. Es más, en el primer caso comentado, donde el ejército israelí  mató al menos a 35 personas, inlcuidos niños, se ofrecía una forma de justificación, una motivación que explicaba la acción militar, indicando que:

Esta última incursión israelí sigue al asesinato de dos niños isrelíes por un ataque de mortero palestino sobre la ciudad israelía de Sderot el 29 de septiembre. Estos ataques con morteros por grupos armados de palestinos contra Sderot se han convertido en más frecuentes los últimos meses y habían matado previamente dos civiles israelíes, incluido un niño.En la mañana del 30 de septiembre grupos armados de palestinos en el norte de la franja de Gaza mataron además a una mujer israelía residente en un asentamiento y a dos soldados israelíes.(1)

Esta narrativa explicatoria, y justificatoria, que vemos en el caso de la actuación de Israel no se ve cuando los que llevan a cabo las acciones armadas son los palestinos, no se muestra ese historial de muerte, represión y humillación que han sufrido y sufren los palestinos, que es mucho más abundante que el sufrido por los israelíes. No se explican las motivaciones que mueven al lado palestino como sí lo hacen por el lado israelí con mucha menor justificación.
Todas  estas cosas, y muchas otras más, muestran que Amnistía no está por defender los derechos humanos con rigor, con imparcialidad, con  honestidad.

Human Rights Watch y Amnistía Internacional, incluso "emitieron severas advertencias .. a todos los ´beligerantes´, recordándoles sus obligaciones conforme a las leyes y costumbres de la guerra. Pero no dijeron una sola palabra acerca de la ilegalidad de la guerra en sí o de la suprema responsabilidad criminal de los líderes de los países que la habían iniciado". [el autor habla sobre la guerra de Irak] Human Rights Watch incluso se ha tragado la propaganda de la OTAN sobre la distinción entre homicidios deliberados y colaterales. Estos fueron todos regalos importantes a las necesidades propagandísticas del agresor.(6)

Más claro ni el agua.

Desde la perspectiva de Israel, el plan de EE.UU. distrae útilmente la atención de la Iniciativa Árabe de Paz, la nueva oferta de los Estados árabes de relaciones diplomáticas plenas con Israel a cambio de su retirada de la mayor parte de los territorios ocupados.

JOHN KERRY

Netanyahu, preocupado porque la oferta podría forzarlo a conversaciones serias, ha reaccionado con un silencio sepulcral. Al mismo tiempo Yair Lapid, su ministro de Finanzas supuestamente centrista presentado originalmente por Occidente como un partidario de la paz, ha aplastado la idea de un acuerdo con los palestinos como poco realista. Dijo el mes pasado al New York Times que apoya la expansión de las colonias.


Parece que Israel espera que la Autoridad Palestina, que ahora está permanentemente sumida en una crisis económica, pueda ser forzada con promesas de miles de millones de dólares en edulcorantes. Según fuentes palestinas, Abas enfrenta una intensa presión de EE.UU., a través del plan Kerry, con el propósito de forzarlo a abandonar su condición de que Israel congele el crecimiento de las colonias antes del reinicio de las negociaciones.


Israel está ansioso por lograr esa concesión. A pesar de los informes de que Netanyahu ha prometido discretamente a los estadounidenses que evitará causarles problemas durante las próximas semanas con anuncios de construcción de colonias, hay un aluvión de proyectos en trámite.


Durante el fin de semana, los informes de los medios revelaron un plan de 300 nuevas viviendas en Jerusalén Este, mientras se anuncia la venta de casi 800 más. Se espera que varios puestos avanzados de colonias establecidos sin autorización del gobierno israelí se legalicen retrospectivamente, incluyendo cientos de viviendas en Eli, cerca de Ramala.


Reuters informó ayer de que Kerry espera una decisión con respecto al reinicio de las conversaciones de paz dentro de dos semanas o, según sus funcionarios, se apartará del proceso de paz. Dijo en una reunión del Comité Judío Estadounidense el mismo día: ?Si no tenemos éxito ahora, es posible que no tengamos otra oportunidad?.


Para Netanyahu, semejantes amenazas son huecas. Si EE.UU. se ausenta del conflicto, Israel simplemente tendrá una mano más libre para intensificar la subyugación de los palestinos y el robo de su tierra.


A pesar de que hay mucho más en juego para los palestinos, la AP se ha mostrado hasta ahora discretamente falta de interés por el plan Kerry. Ha señalado que no hará ?concesiones políticas a cambio de beneficios económicos?, una manera diplomática de decir que no se dejará sobornar para ceder respecto al Estado.


Pero el verdadero peligro para los palestinos, como recuerdan muy bien desde las conversaciones de Camp David en el año 2000, es que se trata de proyectarlos como el chivo expiatorio. Si se niegan a aceptar la última versión de paz económica, Israel y EE.UU. se apresurarán a culparlos de intransigencia.


Es una situación en la que Netanyahu no puede perder y otro momento de desastrosa caída en el proceso diplomático para los palestinos.


Jonathan Cook ha obtenido el Premio Especial de Periodismo. Sus últimos libros son Israel and the Clash of Civilisations: Iraq, Iran and the Plan to Remake the Middle East (Pluto Press) y Disappearing Palestine: Israel?s Experiments in Human Despair (Zed Books). Su página web es: www.jonathan-cook.net .

Una versión de este artículo se publicó primero en The National, Abu Dhabi.

FUENTE: CounterPunch

Traducido del inglés para Rebelión por Germán Leyens

El imposible plan de Kerry Los palestinos, chivos expiatorios, una vez más.

PALESTINA

Jonathan Cook


Bajo fuerte presión de EE.UU., el primer ministro israelí, Benjamin Netanyahu, ha defendido de boquilla a regañadientes durante los últimos cuatro años el objetivo de un Estado palestino. Pero su verdadero objetivo ha sido siempre transparente: no un Estado, sino lo que calificó de ?paz económica?.


A los palestinos comunes y corrientes, a juicio de Netanyahu, se les puede apaciguar con migajas de la mesa del amo: menos puestos de control, más empleo y oportunidades comerciales y una mejora gradual, aunque limitada, de los estándares de vida. Todo esto asegura tiempo para que Israel expanda sus colonias, consolidando su control sobre Cisjordania y Jerusalén Oriental.


Después de 20 años de apoyo a un Estado palestino insinuado en los Acuerdos de Oslo, EE.UU. indicó la semana pasada que está cambiando de opinión. Parece que está adoptando el modelo de ?paz económica? de Netanyahu.


El Secretario de Estado de EE.UU., John Kerry, flanqueado por el presidente israelí Shimon Peres y el presidente de la Autoridad Palestina Mahmud Abas, en el Foro Económico Mundial de Jordania, reveló un programa económico para reactivar las conversaciones de paz.


Unos 400 empresarios israelíes y palestinos se han alistado, dijo, e invertirían fuertemente en la economía palestina en un proyecto ?mayor, más atrevido y más ambicioso que cualquier otra cosa desde los acuerdos de Oslo?.


No se dieron más detalles, excepto que será supervisado por Tony Blair, el exprimer ministro británico representante del Cuarteto, el ?hombre en Jerusalén?, de la comunidad internacional desde 2007.


Es, por cierto, una decisión extraña, ya que la dirigencia palestina lo ha descartado públicamente por ser ?abogado defensor de Israel? y ha argumentado en privado ?como revelan los Papeles Palestinos filtrados en 2011? que propugna ?un enfoque parecido al apartheid con referencia a Cisjordania ocupada?.


Las afirmaciones de Kerry respecto a su programa fueron grandiosas pero vagas. Unos 4.000 millones de dólares en inversión privada durante tres años impulsarían la economía palestina en un 50%; la producción agrícola y el turismo se triplicarían; el desempleo caería dos tercios; los salarios aumentarían un 40%; y se construirían 100.000 viviendas.


Pero la propuesta impresionó a pocos y por buenos motivos.


Kerry simplemente está volviendo a embalar la tarea que fue confiada a Blair hace seis años. Su tarea fue desarrollar la economía palestina y edificar instituciones palestinas en preparación para un futuro Estado, hasta ahora con pocos resultados.


Como se mofó David Horovitz, editor del periódico derechista Times of Israel: ?Si se pudieran conseguir 4.000 millones de dólares en inversiones privadas en la economía palestina, podéis estar seguros de que Tony Blair los habría conseguido?.


O visto de otra manera, el problema de la economía palestina no es la falta de inversión; es una falta de oportunidades viables de inversión. Los palestinos no tienen control sobre sus fronteras, espacio aéreo, frecuencias de radio, agua y otros recursos naturales, ni siquiera sobre la moneda o el movimiento interno de bienes y personas. Todo depende de la buena voluntad de Israel. Y pocos inversores están dispuestos a contar con ella. Israel se ha mostrado repetidamente más que dispuesto a aplastar las finanzas de la AP mediante, por ejemplo, la retención de impuestos palestinos que recauda y debe transferir.


El papel de Blair se ha criticado fuertemente porque su estrecho enfoque sobre el desarrollo económico no solo no ha logrado fomentar un clima conducente a conversaciones, sino ha servido de cobertura a la falta de acción de Israel y Washington respecto al Estado palestino. En lugar de reconsiderar el fracasado mandato de Blair, Kerry parece dispuesto a perpetuarlo y expandirlo.


Abdalá Abdalá, un alto funcionario de Fatah, resumió la reacción palestina: ?No somos animales que solo quieren alimento. Somos un pueblo en lucha por su libertad?.


Israel, mientras tanto, está totalmente dispuesto a empujar a Kerry por ese camino imposible.

Irán rechazó la denuncia de fiscal argentino por la Causa AMIA.

IRÁN 

Martes, 04 Junio 2013 

Nosotros no damos la menor importancia al fiscal sionista, dijo una fuente de la Cancillería.

?Debido a los antecedentes sionistas de la fiscalía no le damos la menor importancia a sus afirmaciones? dijo la Oficina Diplomática del Ministerio de Relaciones Exteriores.

Takbir TV

EL PAIS QUE HA DEJADO LA OTAN.

LIBIA

La foto muestra unos libios torturados hasta la muerte...ofende la dignidad y la humanidad, ver sus cuerpos sin vida arrojados entre las basuras.
Un grupo de ciudadanos libios fueron atacados por una banda armada a las tres de la tarde.
Irrumpieron en nuestra casa, nos golpearon a todos y se llevaron al cabeza de familia. había allí seis niños.
En el momento que entraron, estábamos durmiendo, pero no respetaron la privacidad de nuestra casa y nos trataron como si fuéramos animales.
Eran nueve personas con armas (pistolas y Kalashnikof).
Dos días después la esposa fue a buscarle. Después de 20 días logró encontrarle y lo tenían capturado las bandas armadas de Gnaiwa y le permitieron que le pudiera visitar. La esposa encontró a su marido en un estado deplorable porque había sido sometido a palizas y torturas. Le dijeron que no tenían nada de que culparle más que había formado parte de un grupo de libios que defendían sus casas y le aseguraron que en poco tiempo le liberarían.
La esposa había ido a visitar al marido con dos de sus hijos, un niño de tres años y una nena de 5 años. Los niños lloraban al ver a su padre y le pedían que volviera con ellos. 
Los bandoleros les dijeron que podían volver a visitarle un día a la semana , los miércoles.
Toda la familia estaba impaciente por que llegara el siguiente miércoles y volver a visitarle. pero el día anterior, es decir el martes volvieron a torturarle con electricidad, le cortaron venas de las manos, le golpearon repetidamente con un objeto agudo sobre la cabeza hasta que lo asesinaron. Luego lanzaron su cuerpo sin vida entre la basura de Abu Salim (Trípoli). Lo encontraron los empleados de la limpieza.
Informes forenses demuestran que fue torturado hasta la muerte.
Sus hijos y toda la familia están traumatizados frente a tanto dolor.
Esto es exactamente lo que está ocurriendo en libia gracias a la OTAN.
Estas bandas armadas están protegidas por este gobierno de doble nacionalidad y la OTAN y tienen inmunidad para hacer lo que quieran mientras los medios tapan toda esta barbarie.

Recibido el líder de Ennahda por líder del movimiento sionista en Washington.

TUNEZ

Red Voltaire | 4 de junio de 2013 

El primer ministro de Túnez, Rached Ghannouchi, pronunció un discurso en el Saban Center for Middle East Policy, de la Brookings Institution [1] el 31 de mayo de 2013.

El señor Ghannouchi, quien además preside el partido Ennahda y es miembro de la Hermandad Musulmana, recibió una calurosa acogida de Martin Endyk, ex embajador de Estados Unidos en Israel y líder del movimiento sionista.

Senador estadounidense McCain visitó a secuestradores en Siria.

SIRIA

Por: Syria Report | Jueves, 30/05/2013 

Senador estadounidense John McCain visitó en la frontera siria a secuestradores de peregrinos libaneses y periodistas

Credito: Syria Report

Traducción por Ivana Cardinale

30 de mayo de 2013.- Un informe del canal de televisión Al-Jadeed revela que el senador estadounidense John McCain visitó en la frontera siria a secuestradores de peregrinos libaneses y periodistas.

Elizabeth O?Bagy, directora política de la ?Fuerza Especial de Emergencia Siria?, organizó la visita que llevó a McCain solo a media milla dentro de Siria el lunes 27 de mayo.

En una reunión dentro de la frontera siria en el cruce fronterizo Bab al-Salameh, MacCain sostuvo conversaciones con la Brigada Asifat al-Shamal (Brigada Tormenta del Norte), que controla el cruce fronterizo.

Asifat al-Shamal es uno de los innumerables grupos militantes que integran el tan referido "Ejército Libre de Siria", un término que es cada vez más redundante como sectarismo, extremismo religioso e ideología de Al-Qaeda convertida en la norma.

En su cuenta Twitter, Elizabeth O?Bagy anunció que McCain fue recibido por la Brigada Asifat al-Shamal y se reunión con 20 ?comandantes? en total.

Durante su corta visita, surgieron varias fotos que muestran a McCain posando con varios miembros de la Brigada Asifat al-Shamal como también el jefe del Ejército Libre de Siria, Salim Idris. 

Cabe destacar que el apoyo de Turquía a los grupos armados en Siria, especialmente para la organización que McCain visitó, pinta un panorama sombrío de posiciones regionales hacia Siria. De hecho, parece reivindicar la posición del gobierno sirio de que la insurgencia y la violencia son el resultado de la intervención extranjera.

El senador John McCain, de 76 años de edad, es particularmente famoso por cantar una canción que consiste en las palabras ?Bombardea, bombardea, bombardea Irán?. 

Entrevista con el Presidente de la República Árabe Siria, el Dr. Bashar Al-Assad.

SIRIA

La entrevista la realizó el Canal Al-Manar televisión, del Líbano

30 de mayo de 2013

DIARIO UNIDAD

      ENTREVISTADORA : De todos modos, estamos aquí, en el corazón de Damasco, invitados por el Presidente de Siria, Bashar Al-Assad, de quien han dicho, muchos de sus enemigos, que no es capaz de entender todas las ecuaciones, al mismo tiempo que ha rechazado ser -ha mostrado que no va a permitir ser- excluido del tratamiento de las cuestiones políticas. Toda esta cantinela no repara en La cuestión: ¿qué ocurriría si el Gobierno sirio no cayera?; ¿qué ocurriría si el Presidente de Siria no fuera ?sacado del cuadro??. No son, éstas, cuestiones de clara ?resolución?, por lo que resultan en más destrucción y en un mayor derramamiento de sangre.

      Hablamos hoy de un estadio significativo en la ?crisis siria?: el Ejército sirio está consumando gran número de objetivos en el plano militar y, por supuesto, al mismo tiempo la dimensión diplomática está desenvolviéndose. Todos los ?lados? están hablando de diálogo político y de diálogo diplomático. Muchas cuestiones necesitan respuesta. La dimensión política, la militar..., el ejército sirio se ha adentrado en la tarea de definir sus relaciones con los enemigos y los amigos. Ello en relación a definir cuál será la solución para Siria a fin de ser librada de esta compleja ?crisis?, que involucra a otros países. Preguntaré el conjunto de estas cuestiones al Presidente de Siria Bashar Al-Assad.



      ENTREVISTADORA: Salam al-aikum, señor Presidente...



      BASHAR: Gracias, igualmente.




      ENTREVISTADORA: Señor Presidente: estamos hoy en el centro de Damasco, a dos años y pico del inicio de la crisis, de la que muchos habían dicho que en unas semanas caería el Gobierno sirio. ¿Por qué podría haber fracasado este plan?. ¿Cuál es el secreto?.



      BASHAR: Puede explicarse desde más de un ángulo. Por supuesto, existe el factor sirio, que llevó al fracaso de esa trama, tanto como ellos mismos se condujeron hacia su fracaso. No conocían cuál es la situación real en Siria, y ahora se están dando cuenta de cuál es la situación en Siria sobre el terreno, y en detalle. Al principio, por supuesto, hablaron de ?la revolución?. Una revolución necesita factores internos objetivos. Uno no puede ?construir? una revolución a base de dinero. Tampoco fueron ellos capaces de hacerse unas circunstancias permisivas para cualquier revolución.

      Así mismo, dieron pasos en el sentido de apelar al sectarismo y se manejaron en términos sectarios a fin de crear división dentro de la sociedad siria. Fueron capaces de hacerse un espacio en ciertos sectores de algunas comunidades, fenómeno que, por otro lado, ocurre en todas las sociedades. Pero, debido a su debilidad de fondo, no se mostraron capaces de crear esa división en el pleno sentido. No podían -ya que no existían- crear por sí mismos genuinas divisiones. Si ellas hubieran tomado lugar, entonces sí que hubiéramos tenido un problema real y Siria habría sido ya fragmentada.

      A su vez, ellos fracasaron cuando tendieron la trampa consistente en intentar hacer creer que lo que sucedía era un conflicto por el Poder. Pero eso no era cierto: la cuestión no atañe al poder o al Estado, sino que se refiere a la nación y la batalla es por la nación; no por una posición o por una estancia política. Nadie lucha (se refiere a la lucha del Pueblo sirio, NdT) para que alguien otro detente un puesto...



      ENTREVISTADORA: En esta batalla por la nación, parece que el Gobierno percibe un logro sobre el terreno y en el campo de batalla. ¿Por qué no es hasta alcanzados los dos años y medio, que ustedes han decidido pasar, de calificar la cuestión como ?defensiva?, a llamarla ?ofensiva??. ¿No les parece que esta decisión llega tarde, y que, si se hubiera producido antes, el precio pagado no habría sido tan alto?. Hablo, por ejemplo, de Qsair.



      BASHAR: No nos basamos en categorías separadas de ?ataque? y ?defensa?. Por supuesto, la táctica se focaliza con arreglo a cada contexto de batalla, específicamente, tratando la cuestión no solamente desde el punto de vista militar, sino desde una Totalidad de ángulos: adoptamos la perspectiva política, y la social, y así lo entendemos los sirios. Muchos países amigos, desde el exterior, no entienden qué está ocurriendo. Y en Siria, en cierto momento, la falta de consenso restó fuerza a la línea de actuación correcta. No podemos dejar que nos marquen el paso desde el exterior, cuando se da esta circunstancia -de escasa comprensión general respecto de qué ésta ocurriendo. Somos los sirios, desde nuestro lugar y nuestra relación directa con el desarrollo real de los acontecimientos, quienes alcanzamos esta comprensión, y, por eso, son las Fuerzas Armadas sirias las que deben perseverar en su compromiso. Lo que ahora mismo está ocurriendo no se vertebra alrededor de ir pasando de la categoría de ?defensa? a la de ?ataque? y al revés, sino de un cambio, en curso, en la correlación de fuerzas...



      ENTREVISTADORA: Muchos critican a Siria por albergar combatientes de fuera de Siria -Siria está siendo ayudada por combatientes de Hezbu Allah o por otros grupos. Usted mismo había dicho en entrevistas anteriores: ?Somos  23 millones de sirios, así que no necesitamos ayuda de otros países?. ¿Por qué vienen las personas de Hezbu Allah a Siria?.



      BASHAR: Obviamente, no habríamos tenido que afrontar cierta correlación de fuerzas anterior si algunas personas no hubieran prestado apoyo a los armados en algunas áreas. Ello no porque dichas personas carezcan de sentido para con su nación, sino porque, al principio, desconocían la verdadera naturaleza de esos grupos armados. Mucha gente en Siria creyó, en cierto momento, que aquello era una revolución contra el Gobierno. Eso cambió, el error se desveló e incluso, entre los armados, muchos desertaron de varios grupos terroristas.

      Ésa es justamente la cuestión ahora: atendiendo a eso que se está focalizando hoy en términos de participación o no participación de Hezbu Allah en la lucha siria, apreciamos que se trata de una gran cuestión cuya Totalidad de factores debe ser contemplada: no podemos separar la ayuda dada por parte de Hezbu Allah en Al-Qsair, respecto del ataque israelí. Hallamos tres factores dentro de esta cuestión. Y, honestamente, después del discurso del Señor Hassan Nassarallah dirigido a los medios árabes, medios árabes y ?occidentales? aprovechan para afirmar que milicianos de Hezbu Allah están combatiendo en Siria y defendiendo las instituciones políticas sirias -han hablado de ?Régimen?, faltaba más, mientras nosotros decimos ?Estado?; y no ?Régimen?.

      Para hablar en un sentido lógico-racional, si Hezbu Allah sintiera la necesidad de defender por sí misma a Siria y a su resistencia, no habría enviado a Siria -¿qué número?: ¿unos pocos cientos, 1.000, 2.000?-, cuando lo cierto es que estamos hablando de una confrontación entre cientos de miles de personas integradas en las Fuerzas Armadas sirias contra decenas de miles de armados extranjeros (si es que no estamos hablando de más, pues su número se incrementa continuamente al ser introducidos en Siria desde los países vecinos y también por medio de otros países foráneos).

      Este número de milicianos, con los que Hezbu Allah ha contribuido a ayudar a Siria, no supone comparativamente nada respecto de las magnitudes de las Fuerzas Armadas sirias, de terroristas y respecto, así mismo, de la geografía siria. Por tanto, no están protegiendo ni defendiendo al Estado sirio -o, como dicen los propagandistas exteriores, ?al Régimen?. Esto por un lado. Y, por otro lado, si, tal y como dicen esos propagandistas, ?Hezbu Allah ha entrado a Siria para defender el Estado?, ¿por qué ahora, siendo que las batallas empezaron después de Ramadán, en 2011, conduciéndose a través de una escalada que culminó en 2013 con el asedio sobre Damasco, episodio que constituyó un momento importante, teniendo lugar, al tiempo, gran número de operaciones, y pensándose, por parte de sus planificadores, que tal era el tiempo apropiado para los ataques, desde la idea de que el Estado caería?. Pero no cayó.

      ¿Por qué está Hezbu Allah interviniendo precisamente ahora, cuando no hubo intervenido entonces?: nosotros mantenemos otra perspectiva explicativa. Las principales batallas están siendo libradas en Damasco y en Aleppo; no en Qsair. Qsair es una ciudad pequeña. ¿Por qué no hemos visto a Hezbu Allah en Homs?. Se dice: ?Qsair es un punto estratégico?. Bien: todas las áreas son estratégicas desde la perspectiva de los terroristas: desde la perspectiva del suministro de armas y para su infraestructura, por ejemplo. Todos estos factores, tal y como están siendo barajados intencionadamente, no son precisados con veracidad. Nada de esto tiene que ver con Hezbu Allah.

      Todas estas declamaciones, y toda esta furia, mostrada en los medios de comunicación árabes, así como en boca de sus retransmisores... ¡Hasta Ban Ki Moon expresó su preocupación por la implicación de Hezbu Allah en Qsair!. Todas estas reacciones guardan relación con el intento de reforzar los impactos y la asfixia contra la resistencia sostenida por Siria; y no con el Estado sirio. Tal y como antes señalaba usted, muchos logros han sido consumados en Damasco y en Aleppo y en la provincia del campo de Damasco..., antes de que pudiéramos estar hablando de Hezbu Allah o incluso de Qsair, y, sin esos logros, no estaríamos hablando ahora de Hezbu Allah ni de Qsair.



      ENTREVISTADORA: Señor Presidente: aun teniendo en cuenta la auténtica naturaleza de la batalla que ustedes e incluso Hezbu Allah están librando en Qsair, muchos le critican por creer que está usted intentando asegurar (preservar) la costa -y el espacio que conecta la costa con Damasco- al ser éste el espacio ?nacional? de la -así llamada- ?nación alawí?, y en relación a la lucha contra Israel.



      BASHAR: Para empezar, ni la costa siria, ni tampoco la costa libanesa, pasan por Qsair, así que eso es ilógico. Segundo: Nadie pensaría en librar una batalla para establecer estas divisiones. Si quisiéramos esa división, nos replegaríamos. No ganamos batallas en toda Siria para establecer después ese tipo de divisiones. Dichas batallas son libradas con objeto de mantener la unidad territorial de Siria, y no al contrario.

      La tercera consideración es que nuestros abuelos emplearon la misma estrategia unitaria contra los franceses, quienes tenían un plan de división territorial de Siria. Cuando los franceses trataron de dividir Siria, nuestros abuelos, padres fundadores, pusieron el acento en este factor. Nosotros, en tanto que nietos y con las lecciones de la historia aprendidas, no cometeríamos el error que ellos no cometieron.

      Lo diré una vez más: la batalla de Qsair guarda relación con Israel: lo que nuestros enemigos están intentando es un impacto de choque contra la resistencia. Hay quien dice que deberíamos encarar nuestras armas hacia nuestros enemigos. Esto fue puesto sobre la mesa también el pasado 7 de mayo, cuando agentes israelíes que habían pasado al Líbano y a Siria intentaron sabotear los satélites de telecomunicaciones de Hezbu Allah. Se trata de una vieja-nueva batalla, o una vieja batalla que toma nuevas formas. Lo importante no es dónde se halla Qsair. Tampoco la ciudad en sí misma. Lo importante es la frontera: nuestros enemigos están tratando de desplazar a la resistencia y aprisionarla entre la tierra y el mar. Lo mismo ocurre cuando se dice que el Ejército sirio debería concentrarse en librar batalla en la frontera con Israel. Lo decimos con claridad: el ejército sirio combate y combatirá al enemigo allí donde pueda hacerse presente éste. Si está al norte, vamos al norte, o al este, o al oeste... Esta misma premisa es válida para la Resistencia: ¿por qué Hezbu Allah está presente sobre la línea de frontera, en Líbano y también en Siria?. Pues porque la batalla que libramos, en su fondo esencial, es contra el enemigo Israel, o contra sus agentes, actúen estos en Siria o en el Líbano.



      ENTREVISTADORA: Relacionado con la entrada de Hezbu Allah en la ecuación de la ?crisis siria?, ligada a los ataques israelíes contra Siria: Israel se ha apresurado a declarar que no desea entrar en la crisis. ¿Qué pretende Israel?. ¿Qué tipo de intervención estaría persiguiendo en relación a la crisis siria?.



      BASHAR: Eso prueba lo que he dicho ya: ello guarda relación con impactar contra la Resistencia. Aun teniendo bien presentes la intervención israelí y su apoyo a los terroristas, estas actuaciones son medios relativos a alcanzar dos finalidades: golpear a la Resistencia y golpear nuestros sistemas de defensa. Israel desea consumar estos propósitos...



      ENTREVISTADORA: Aunque los propósitos de Israel están claros, algunos dicen que Siria está siendo débil en su respuesta. Todo el mundo esperaba la respuesta siria, y el Gobierno sirio se ha reservado responder. ¿Qué se precisa para una respuesta directa a Israel?. ¿No es suficiente  con el impacto de cohetes sobre Siria, y, respecto de esto, cualquier otro ataque sería respondido?.



      BASHAR: Eso se ha dicho entre comentaristas tanto árabes como extranjeros. Muchos entre ellos, extranjeros. Les hemos dicho que responderemos la próxima vez. Por supuesto, existen otras respuestas posibles además del contra-ataque. Ha habido, en definitiva, una agresión israelí, y estamos ya respondiendo a ella. De todos modos, una respuesta ?transitoria? no tendría valor. En política, si queremos contra-atacar a Israel, la respuesta debe ser de naturaleza estratégica.



      ENTREVISTADORA: ¿Por ejemplo, Los Altos del Golán?.



      BASHAR: Eso gira entorno, principalmente, a la situación aquí en Siria; a la opinión popular de que...





      ENTREVISTADORA: ¿Cómo son percibidas en Siria estas cuestiones?.



      BASHAR: Hay una opinión favorable a la apertura de la frontera del Golán a la resistencia. Hay entusiasmo en relación a esto, que desborda a Siria y se extiende entre los Pueblos árabes. Hemos recibido delegaciones de personas árabes preguntándose dónde pueden inscribirse para luchar contra Israel. Pero la resistencia no es solamente una cuestión de abrir fronteras y operaciones. La resistencia se compone de una dimensión política, ideológica y también de un ángulo social, que interactúan con el plano militar.



      ENTREVISTADORA: Si tomamos en consideración lo ocurrido en el Golán, tanto como el ataque israelí y la cuestión de la respuesta por parte de Siria, ¿nos hallamos en un punto de ?cambio de patrones rectores? en la contradicción, o por el contrario se continúa en el marco...?.



      BASHAR: Podemos hablar de cambio de patrones rectores, y eso no sería posible sin la existencia de apoyo popular a la Resistencia. Todo otro cambio es coyuntural, excepto, claro, si fuéramos a una guerra directa. Cualquier respuesta por nuestra parte, de cualquier tipo, estará cambiando los patrones del antagonismo. De todos modos, ni siquiera es esto lo determinante y decisivo: el cambio real y esencial en la correlación de fuerzas partirá de la decisión del Pueblo respecto de ir a resistir. Esa decisión portará en sí el cambio fundamental.



      ENTREVISTADORA: ¿No cree usted que estas palabras llegan demasiado tarde?: durante  cuarenta años ha habido paz en los Altos del Golán. Y ahora estamos hablando de tomar la tierra de los Altos del Golán y crear unas ?nuevas reglas del juego?.



      BASHAR: Jamás he dicho: ?Siria está cerrando el frente o abriendo el frente?. No es posible, claro, erigir resistencia alguna a voluntad. La resistencia no proviene ex nihilo; si no hay resistencia popular, no hay resistencia. Este Estado no es nadie para denegar la resistencia, ni puede, por otro lado, hacerse cargo de ella por sí mismo. Pienso que un Estado, o está apoyando a la Resistencia, o se está oponiendo de facto a ella. ¿Por qué hemos tenido paz durante estos cuarenta años?: tenemos un ejército que desempeña sus compromisos, y desde esta perspectiva... Vamos a expresarlo así: desde la perspectiva ideológica propia de los ciudadanos, se identifica a un ejército cumpliendo con su deber, y se extiende este deber al cometido de liberar territorios. Si no estuviéramos hablando de un ejército -contra lo que vimos en cierto periodo en Líbano, donde existía un doble Estado y un ejército dividido enzarzado en una guerra civil-, entonces no habríamos sido testigos de esta resistencia prolongada característica en Siria. Ahora, y en estas circunstancias, hay muchos motivos. Primero: tal y como hemos repetido, es la agresión por sí y en sí la que conlleva la resistencia popular. Y, segundo, el ejército sirio ha recuperado varias áreas en diversos territorios sirios, hecho que crea refuerza una empatía entre una ciudadanía que toma como tarea propia el dar nuevos pasos hacia la consolidación de la resistencia y el apoyo al ejército en el cumplimiento de su compromiso con el país.



      ENTREVISTADORA: El primer ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ha declarado que Israel atacará de nuevo a Siria si tiene constancia que ?de nuevo armas son enviadas a Hezbu Allah?. Me gustaría obtener de usted una respuesta directa: ¿qué harían ustedes si esto sucede?.



      BASHAR: Si esto sucede, informaremos a otros países y responderemos a tal ataque con un ataque militar. Obviamente, es complicado, desde los parámetros actuales, especificar cómo responderíamos militarmente. Dejamos este análisis a la Comandancia Militar. De todos modos, manejamos muchos escenarios: la respuesta, pues, es relativa al tempo del ataque, tanto como a las circunstancias que permitieran el uso de armamento específico con óptima eficiencia. Me refiero, por supuesto, a una eficiencia comparativa respecto del uso de otro armamento.



      ENTREVISTADORA: Señor Presidente: después del ataque israelí contra Damasco, muchos han dicho que el sistema armamentístico S-300 sería ofrecido a Siria, perspectiva que Netanyahu ha criticado, hasta el punto de haber visitado Moscú. Una pregunta clara: ¿Ha sido ya ese sistema conferido a Siria, o está en camino?.



      BASHAR: No es una cuestión de perspectiva militar sobre qué tenemos o qué recibimos. De todos modos, y en relación a los acuerdos con Rusia, no son dichos acuerdos relativos a la crisis, sino que fueron fruto de negociaciones anteriores, llevadas a cabo durante años. Rusia está comprometida con Siria en la implementación de tales acuerdos. Lo que queremos dejar claro es que, ni la visita de Netanyahu, ni la crisis en sí o las circunstancias actuales han condicionado lo más mínimo la emisión de armas desde Rusia a Siria. Sencillamente lo acordado con Rusia será implementado, y parte de ello ya lo ha sido. Junto con Rusia, continuaremos implementando estos contratos.                          



      ENTREVISTADORA: Señor Presidente: hemos hablado sobre las resoluciones del Gobierno sirio y también sobre la implicación del Ejército sirio trabajando en el sentido de intensificar el vínculo entre el Gobierno sirio y la resistencia, fortaleciendo así las líneas de resistencia. La otra parte, el otro bloque, también ha llevado a cabo movimientos en un sentido político. Antes de hablar de la Cumbre de Ginebra y del trazado de ?líneas rojas?, hay que preguntar por una cuestión sencilla: Moaz Al-Jatib, del llamado ?Consejo Nacional?, ha declarado nada menos que ?él permitiría salir de Siria a cincuenta personalidades, y con eso la crisis habría concluido?. ¿Por qué no ha respondido usted a esta demanda, si, con darle satisfacción a ésta, ?la crisis habría concluido??.



      BASHAR: (Risas). Siempre he respondido que la decisión del Presidente está sujeta a la decisión del Pueblo. Así que cualquiera que hable de de esta cuestión debe anunciar expresamente  a quién en concreto está él representando entre el Pueblo sirio. ¿Acaso ha sido ?su? ?iniciativa? delegada a él por el Pueblo sirio?. Realmente, he leído dicha ?iniciativa? y me sentí muy contento de que me ?concedieran? 20 días y 500 personas (acompañantes en el exilio que para él habían dispuesto, Nota del Traductor). De todos modos, no estoy seguro respecto de quién maquino eso; si él o alguien más.



      ENTREVISTADORA: Sea quien fuere aquél de quien partiera la ?idea?, lo cierto es que le dieron a usted un ultimatum (fijado en unos cuantos días), y sin garantía alguna: no sabemos hasta el momento, quién iba a sucederle a usted. No sabemos si el Parlamento sirio iba también a seguirle en su ?partida?. ¿la cuestión del establecimiento de negociaciones políticas?: hoy hablamos de una segunda Cumbre de Ginebra, hablamos de una aceptación clara por parte del Gobierno sirio en relación a tomar parte en la Cumbre... Negociaciones ?de guerra?: al fin y al cabo, existe una mesa y sobre ella estará presente la bandera siria, así como la bandera de la oposición siria. ¿Cómo convencería usted al Pueblo sirio de que va a estar usted dialogando con estos grupos?.



      BASHAR: Para empezar, y en relación con la bandera: la bandera carece de importancia. Importa el Pueblo. Cuando ponemos una bandera sobre una mesa, la realidad es el Pueblo, o bien las entidades, o que poseen vínculo con esa bandera. Esta es una cuestión que debería ser considerada por cualquiera que tenga en mente plantar otra bandera sobre la mesa, además de la bandera siria oficial. Y la cuestión aquí es que una de las banderas está ausente de Valor ya que no representa ni al Pueblo sirio ni a ningún otro Pueblo. Esto por una parte. Por otra parte, nosotros, en tanto que delegación, vamos a ir como representación legítima del Pueblo sirio. Pero, ¿a quién representan ellos?. Verá: acabada la Cumbre, volveremos a Siria, a nuestros hogares, regresaremos a nuestro Pueblo. Pero, acabada la Cumbre, ¿dónde irán ellos?: ¿acaso a sus hoteles de cinco estrellas o irán a dar cuentas a los Ministerios de Asuntos Exteriores de los Estados a quienes en verdad ellos representan, a fin de proveer a esos estados de ?crónicas? -o a los servicios ?de inteligencia? de esos Estados?.

      Así que, cuando vayamos a esa conferencia, debemos conocer muy claramente la parte de todos ellos que van a sentarse a la mesa. Y digo parte porque no está nada claro los detalles de la conferencia, respecto, por ejemplo, de dónde estará ubicada la oposición nacional, es decir, la oposición en Siria.

      De todos modos, sabemos todos, respecto de esa ?oposición? extranjera y de esa bandera a las que usted está refiriéndose, el hecho de que ella va a ir a Ginebra a negociar con los Estados mismos que la han montado a ella. Y, nosotros, para negociar con los esclavos, negociamos directamente con sus Amos, es decir, con las cabezas que mueven los dedos.



      ENTREVISTADORA: ¿Está convencido, el Gobierno de Siria, de que esta Cumbre va a ser celebrada y de que las negociaciones tendrán lugar?.



      BASHAR: Sí. Eso espero, excepto que alguien trate de obstaculizar este proceso.



      ENTREVISTADORA: Entonces, dado esta aceptación preliminar, entiende que no habría marcha atrás.



      BASHAR: ¿Cuáles son la condiciones?. Si hay condiciones, queremos ir. Entendemos que el camino de una Conferencia es positivo a priori.



        ENTREVISTADORA: ¿Cuáles son las condiciones por parte del Gobierno sirio?.



      BASHAR: Sencillamente, cualquier paso a dar bajo iniciativa interior o exterior, deben estar sujetos a consenso o aprobación por referéndum por parte del Pueblo sirio. Todo debe pasar por el Pueblo sirio, quien debe tener en sus manos u propio destino. Partiendo de esa base, estamos cómodos y no tenemos ningún problema. Ello pueden proponer lo que quieran, y nosotros también. De todo modo, nada puede ser adoptado o implementado in la aprobación del Pueblo, y, dado que representamos al Pueblo, no tenemos más límite que él.



      ENTREVISTADORA: Para ser claro, mucha ambigüedad hubo en la primera Conferencia de Ginebra y esto se plantea también para la segunda Conferencia. La cuestión de la transición y del papel a jugar por el presidente Bashar? ¿Está dispuesto a ir y claudicar en relación a alguna condiciones?.



      BASHAR: En los últimos meses, han venido proponiendo configurar un gobierno en el que el presidente no juegue ningún papel. El sistema sirio e un sistema presidencialista, donde el Presidente lo es de la República y no lidera el gobierno, para el que hay un Primer Ministro. Contamos con un gobierno dotado de poderes extensos. La Constitución siria otorga al Gobierno plenos poderes, mientras el Presidente es el comandante en jefe de la Fuerza Armadas. Existe esa división, mientras que otras Constituciones dan al Presidente el poder.

      En este sentido, cambiar las atribuciones del Presidente es algo que debería hacerse de acuerdo a la Constitución. El presidente, por sí mismo, no puede ampliar o recortar sus atribuciones políticas, ni tampoco es él quien regula la Constitución. Cualquier propuesta puede ser hecha en la Conferencia y, si concordamos, trasladaremos la propuesta en cuestión a un referéndum. Escucharemos la opinión del Pueblo y es él quién regirá cualquier paso a dar. Cambiar la Constitución antes de la Conferencia es algo que ni el Presidente ni el Gobierno podemos hacer. No podemos hacerlo, porque sería desacorde a la Constitución.



      ENTREVISTADORA: señor presidente: honestamente, todos sus rivales políticos afirman que no quieren ningún papel para Bashar al Assad en el escenario del futuro de Siria. Eso es lo que Saud al Faisal (el ministro de Exteriores saudí), los turcos, los qataríes y la oposición siria afirman. ¿Se presentará usted a las elecciones presidenciales de 2014?.



      BASHAR: Yo sé que Saud Al-Faisal está especializado en temas estadounidenses y no sé si sabe algo sobre los asuntos sirios. Pero no hay nada de malo en que quiera aprender algo sobre ellos. Cualquier cosa decidida por el Pueblo sirio será correcta. Respecto de lo deseos de otros, les digo que será el Pueblo sirio quien tendrá la última palabra. Algunos han sugerido que yo prefiero no concurrir a las elecciones de 2014. Lo consideraré a su debido tiempo: ahora es demasiado pronto para ello. De todos modos, cuando llegue el momento, si considero que esto es una necesidad, mi consideración vendrá determinada por lo que decida el Pueblo, y, si el Pueblo sirio decide que no debo presentarme, no lo haré.



      ENTREVISTADORA: Lo que ha dicho usted respecto de lo actores exteriores me lleva a preguntarle por la cuestión de las relaciones de Siria con Arabia Saudí y Qatar y Turquía, quienes han declarado que adoptarían una postura ?moderada? y no exigirían la salida a priori del Presidente Bashar Al-Assad. ¿Entiende que algo ha cambiado en sus posiciones y que están abiertos a una solución política a la cuestión?. Y, ¿está Siria preparada para negociar con la Liga Árabe, y especialmente desde que esos Estados han sido llamados por Siria a disculparse??. 



      BASHAR: Se trata de un cambio discursivo, pero no en lo que atañe a la práctica fáctica de esos Estados sobre el terreno: los Estados que han dado apoyo a los terroristas siguen apoyándolos al mismo nivel; también Turquía. No hay autoridad obre Siria desde Turquía, premisa que vale para Qatar, quien recluta a los terroristas y les financia; a esos mismos a quienes Turquía da luego cobijo y reguardo. En relación a la Liga Árabe, desde nuestra perspectiva interna siria, anteriormente tampoco hemos depositado esperanza alguna en ella, hecho característico también a lo largo de las pasadas décadas. Sin embargo, esperamos que la Liga Árabe juegue un papel en orden a superar la divisiones existentes en la Conferencia previa, así que mantendremos contacto con todos los ?lados? y no cerramos la puerta a ninguno. De todos modos, debemos ser realistas: debemos tener presente que ese ?lado? no está dispuesto a aportar, especialmente si pensamos que la inmensa mayoría de los países que integran la Liga Árabe no son independientes, sino que reciben directrices exteriores. Algunos de ellos reconocen estar de acuerdo con Siria, aunque esto no se refleja a la hora de supuestamente ?tomar decisiones? y no están a nuestro lado en la práctica, ya que no son ellos quienes las toman. Por tanto, no depositamos esperanzas en ellos.



      ENTREVISTADORA: Señor presidente: esto nos conduce a plantear otra cuestión. ¿Cuáles serán la consecuencias del fracaso de las negociaciones?.



      BASHAR: Un escenario es posible. Algunos Estados están intentando sabotear la Conferencia, pues no quieren ni oír hablar de diálogo, ni dentro ni fuera de Siria. Incluso la parte rusa ha rebajado sus expectativas para esta Conferencia, lo que se ha podido comprobar no sólo a través de sus declaraciones. De todos modos, debemos ser muy precisos a la hora de definir la naturaleza de este diálogo. ¿Qué tiene que ver este diálogo con lo que está sucediendo sobre el terreno?. La mayoría de estos poderes que están hablando de qué está pasando en Siria no tienen nada que ver con Siria y, en algunos casos, incluso tampoco con ciertos terroristas directamente. En algunos casos, los terroristas son manejados directamente por estos Estados, mientras que, en otros casos, los terroristas son bandas que reciben dinero para ejecutar sabotajes y otras acciones. Así que no creo que el Congreso cambie gran cosa en relación a lo que están haciendo en Siria sobre el terreno, pues, ni los países que les manejan van a cambiar en esto, ni los terroristas van a dejar de actuar.



      ENTREVISTADORA: La ?crisis? siria parece estar extendiéndose a países vecinos, como Irak y en Rahaniia, Turquía. Encontramos a los terroristas aposentados en Ersal, los encontramos avanzando hacia Trípoli. Tenemos a Hezbu Allah tomando parte en el combate en Qsair? ¿Cómo trata Siria esta cuestión de Líbano?. ¿Cree usted que la política de desentendimiento por parte de Líbano (respecto de Siria) persiste aún?.



      BASHAR: Déjeme usted preguntar una cuestión relativa a la situación real en Líbano y en Siria. En relación a esa política, independientemente de su evaluación o de decir si tal política es buena o mala: ¿fue Líbano capaz de prevenir la intervención desde Líbano en Siria y la entrada de armas a Siria?. ¿O acaso fue capaz de dar refugio a esos sujetos?. ¡No!: todo el mundo sabe que Líbano desempeñó inicialmente un papel negativo para la crisis siria. ¿Y, recientemente, fue Líbano capaz de protegerse a sí mismo respecto de las repercusiones de la crisis siria sobre Líbano, por ejemplo sobre Trípoli, así como de los cohetes y misiles que han sido lanzados sobre Beirut y las áreas colindantes?. Por supuesto esto está ocurriendo. Así que, ¿de qué clase de ?divisionismo? estamos hablando?: que Líbano se desentienda es una cosa, y otra distinta que el Gobierno libanés se desentienda. El hecho de que el Gobierno libanés se desentendiera respecto de una cuestión que no afectara a sus propios ciudadanos, y otra muy distinta es que el Gobierno libanés está desentendiéndose de sus propios ciudadanos. No estoy hablando ahora de criticar al Gobierno libanés, sino que hablo de Principios generales. No deseo ser acusado de estar criticando a este Gobierno. Si el Gobierno sirio se hubiera desentendido de las cuestiones que afectan a sus propios ciudadanos... ¡Pues eso es lo que ha fallado en el caso libanés!. Cuando vemos problemas afectar a los países vecinos... Cuando vemos que la casa del vecino arde, no podemos resolver que no tenemos nada que hacer en ello. Ese fuego puede prender mi casa, de modo que no pensamos que ese discurso alusivo a un supuesto ?mantenerse en el desentendimiento? resulte posible en la realidad.



      ENTREVISTADORA: Señor Presidente: qué le diría usted a todos aquellos que creemos en el bloque de la resistencia y le damos apoyo. Hemos estado en los eventos de celebración del aniversario del Día de la Liberación, y hemos escuchado hablar al Señor Hassan Nassarallah en su discurso de la victoria de la Resistencia. ¿Qué nos diría usted a la gente del Pueblo que damos apoyo a la Resistencia?. ¿Vamos a salir de este oscuro túnel presente?.



      BASHAR: La Resistencia libanesa, y la Resistencia árabe, se ha ido forjando durante décadas. La victoria de la Liberación fue, por encima de todo, victoria ideológica. Y no estamos en condiciones de alcanzar la victoria militar a menos que hallamos obtenido la victoria ideológica. Estamos enfrentando grandes campañas durante en esta región concreta. En Líbano, hubo un periodo en que algunos decían: ?La fuerza del Líbano reside en su debilidad?; esto, que era dicho en el periodo anterior a la guerra civil, es un ?eslogan? similar a decir que un ser humano debe ser valorado por su estupidez o que el honor se alcanza a través de la corrupción. Las distintas victorias obtenidas por la Resistencia en varios niveles, han mostrado que esta ?tesis? no es verdadera. La debilidad de base del Líbano es su debilidad, y, su fortaleza de base, su fortaleza. La fuerza de Líbano reside en su Resistencia, y descansa en esos combatientes de quien usted ha hablado hoy. Hoy necesitamos esa base ideológica y necesitamos pensar en nuestras posibilidades. Y necesitamos la acción de esos combatientes. Ahora más que nunca, pues el posicionamiento árabe se ha debilitado a lo largo de los dos últimos años e incluso anteriormente a estos dos años, durante los que la auto-consciencia se ha estrechado. Ello hasta el extremo de que algunos árabes olvidaron que el enemigo es Israel, y el enemigo, por su parte, ha devenido en la forma de enemigo sectario -un enemigo que se auto-postula sobre bases ?raciales?, por ejemplo. Confiamos hoy en esos luchadores de la Resistencia, quienes están recordando a los Pueblos árabes, con sus logros resistentes, que el enemigo es el mismo y está en el mismo lugar.

      En relación a mi confianza en la victoria, si no confiáramos en ella no habríamos sido capaces de perseverar en la lucha; no habríamos sido capaces de continuar librando esta batalla durante estos dos años frente a un ataque internacional global. No es la guerra que enfrentamos en 1956, sino, ahora una guerra mundial agrediendo a Siria, tanto como agrediendo a la Resistencia. Así que nuestra confianza es la de la victoria. Y les demostraré a ustedes que Siria estará siempre codo con codo junto a ustedes, y que apoyamos a la Resistencia y a sus luchadores en cualquier lugar del Mundo Árabe.



      ENTREVISTADORA: En el fin de esta entrevista, le agradezco mucho. Ha sido un honor tenerle como invitado hoy. Muchas gracias, Señor Presidente.



      BASHAR: Gracias y me gustaría felicitar a Almanar televisión: fuerza de la Resistencia, por el Día de la Liberación, así como felicitar al Pueblo libanés y a los luchadores de la Resistencia en Líbano. Muchas gracias.            

Traducción al castellano por Tamer Sarkis Fernández, Vice-Director de DIARIO UNIDAD